Pelo ano de 1945, na casa do meu avô, Ambrosio Fumagalli, Rua Boa Morte 312, deu-se início a primeira fábrica de rodas no Brasil. Fundada por Sebastião Fumagali, Ambrósio Fumagali e meu pai, Claudio Galeno Araujo.

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Inicialmente, era uma pequena fábrica, onde produzia-se mancaes de ferro fundido. Sebastião Fumagali era professor primário, Ambrósio Fumagali contador, Claudio Araujo era desenhista e projetiista.

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Um belo dia, Claudio resolveu fazer uma roda para a caminhonete de seu pai. Aí projetou-se a primeira máquina de fazer aro. Em 1947, foi feita a primeira roda raiada do Brasil.  Meu pai fez mais alguns aros que quebraram, mas isso não o fez desistir, fazendo a fábrica prosperar.

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Em 1952, os sócios se separaram, o que fez meu pai buscar abrir a sua própria fábrica. Assim, em 1955, a Rodabrás foi fundada na rua Humaitá, e, em 1958, mudou para a rua Palmeira 332, seu atual endereço.

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Começaram produzindo as rodas do Fordinho 29, charretes e algumas peças relacionadas a agricultura. Em 1964, começaram a produzir a roda do carro Sinca, um carro de luxo na época, para a montadora. Logo mais, a Sinca foi vendida para a Kraiser, também nesse perído a fábrica vendia para DKW. 

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No ano de 1970, começaram a fazer rodas agrícolas, que era um mercado que estava expandindo. Foi muito bom, começamos a fazer rodas para empresas montadoras de maquinas agrícolas: Marquesan, Jumil, Baldan e KO. Atualmente, estamos juntos a mais de 50 anos.

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Com o passar dos anos, a crise nacional afetou a economia do pais, refletindo no progresso da empresa. Mas a empresa se manteve firme e passado alguns anos a fábrica a reverteu a crise. Nesse período, a Rodabrás procurou novos produtos e entramos em caixas de moldagem para fundição, onde nós atendiamos todas as empresas montadores de caminhão da época. 

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Nos anos 90, começamos a focar nossas linhas de produção para equipamentos agrícolas, de modo que fomos abandonando a produção de rodas comerciais, ficando apenas com a roda agrícola.

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No ano de 1992, Claudio Galeno Araujo, fundador da Rodabrás, meu pai, veio a falecer, deixando o comando da empresa com seu irmão Petronio de Araujo e seus filhos Claudio Araujo Filho e, eu, Celso Araujo. Com o passar do tempo: Petronio de Araujo e Claudio Araujo Filho vieram a falecer, assim a sociedade ficou só comigo, Celso Araujo.

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Após a pandemia, eu com a idade avançada comecei a passar a diretoria para minhas três filhas: Marcela, Marina e Mariana.